Este ano o Festival Suiço de Locarmo festejou a sua 66ª edição, e entre os grandes vencedores na competição internacional o nome do realizador Joaquim Pinto destacou-se. O documentário autobiográfico português E agora? Lembra-me retrata as memórias e a história de vida do realizador que luta contra os vírus da Hepatite C e HIV. A sua jornada conquistou a adoração de Locarno e foi-lhe atribuído Prémio Especial do Júri, o segundo maior prémio deste Festival. Joaquim Pinto é um dos poucos portugueses a ter tal honra, feito precedido apenas por apenas Manoel de Oliveira, e João César Monteiro e José Álvaro de Morais. O doc ganhou ainda o Prémio FIPRESCI, e o Prémio do Juri Jovem do Festival de Locarno.
Depois de arrebatar os suíços, este filme estreia nos festivais portugueses já em Setembro no Festival Queer, e em Outubro no DocLisboa, chegando depois às salas.
O Leopardo de Ouro, foi atríbuido ao filme do realizador catalão Albert Serra Story of My Death que tem como ponto de partida o encontro de duas figuras eternas e improváveis Casanova e o Dracula. Sem dúvida uma premissa invulgar…
Como melhor realizador foi laureado Sang-soo Hong, por Our Sunhi (Coreia do Sul), o prémio de melhor actor foi para Fernando Bacilio, em El mudo (Peru).
Um dos filmes que recebeu uma menção especial foi Short Term 12 (EUA), de Destin Cretton, que conta a história de Grace, interpretada por Brie Larson (prémio de melhor actriz nesta edição), uma jovem com um passado problemático que ao trabalhar num centro de acolhimento para adolescentes em risco é obrigada a confrontar os seus fantasmas.
Tableau noir, do realizador Yves Yersin (Suíça) foi igualmente merecedor de uma menção especial. Este filme leva-nos dentro de uma escola no alto de um ermo que desafia as regras de como ensinar e aprender: numa única sala ensinam-se crianças dos seis aos doze.
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