«2001: Odisseia no Espaço»: documentário e factos interessantes sobre a obra

EstreiasNov13022

A iniciativa Sessões Clássicas, responsabilidade conjunta da Columbia TriStar Warner e dos Cinemas UCI, continuam a devolver às salas e ao público obras que marcaram para sempre a história do cinema. E se há filmes cujo visionamento em ecrã gigante é uma experiência incomparável 2001: Odisseia no Espaço é definitivamente um deles. Esta é assim uma oportunidade única para ver ou rever uma das melhores criações do mestre norte-americano agora em cópia digital restaurada, um filme incontornável que, no mínimo, redefiniu completamente a ficção científica no cinema. Celebrando o regresso desta obra-prima de Stanley Kubrick aos cinemas, reunimos um conjunto de informações e curiosidades que ajudam a captar a sua magnitude e revelam aspectos do seu processo de construção. Para além disso, divulgamos também um documentário realizado precisamente no ano 2001, introduzido por James Cameron e que conta com os valiosos testemunhos de Arthur C. Clarke (autor do livro que está na origem do filme) e Keir Dullea (actor que interpreta Dave), entre muitos outros, aguçando a vontade de (re)descobrir esta obra de contornos míticos. Mas primeiro vamos aos factos:

Inicialmente o filme chamava-se “Journey Beyond The Stars”. 
Kubrick entregou o filme com 16 meses de atraso, tendo gasto quase o dobro do orçamento previsto.
O total de filmagens realizadas equivaleu a 200 vezes a duração da montagem final do filme.
O som de respiração que se ouve nos fatos de astronauta é da autoria do próprio Kubrick.
Existem um total de 88 minutos de filme sem diálogos. Para este número contribui bastante que no início a primeira fala só surja aos 25 minutos e nos últimos 23, não contando com os créditos finais, também se dispense qualquer diálogo.
O filme tem uma banda sonora original composta por Alex North. No entanto, nem uma nota desse trabalho se ouve durante o filme, já que Kubrick foi progressivamente introduzindo pedaços de música clássica, acabando por dispensar por completo o trabalho de North, que só descobriu este facto à medida que assistia à estreia.
A valsa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss, não foi a primeira música destinada à sequência da estação espacial. Originalmente Kubrick pretendia utilizar uma passagem de “Sonho de uma Noite de Verão”, de Felix Mendelssohn-Bartholdy, mas alguns amigos mostraram a obra de Strauss ao realizador, que prontamente re-editou a cena usando a nova música.
Se avançarmos uma letra no alfabeto à sigla HAL obtemos IBM. Embora Clarke nunca o tenha admitido, existem defensores de que esta é uma referência subliminar à maior empresa informática à época.
Este foi o último filme passado no espaço antes de Neil Armstrong e Buzz Aldrinwalked terem pisado efectivamente a superfície da lua. Teóricos da conspiração afirmam que tal facto não é uma coincidência e que as célebres imagens do primeiro homem na lua são um fiasco realizado por Kubrick com recurso a material não utilizado no filme.
Em homenagem ao livro e ao filme a NASA baptizou uma missão a marte de “2001 Mars Odyssey”.
O significado do monolito que surge recorrentemente no filme é deveras misterioso. No entanto, as suas medidas são reveladas no livro e, colocado na horizontal, a sua proporção é incrivelmente semelhante ao da típica tela de uma sala de cinema. Por acaso ou intencionalmente, pode considerar-se metaforicamente que o espectador vê o filme “através” do monolito.
Na estreia do filme, em Los Angeles, 241 pessoas abandonaram a sala antes do final, incluindo Rock Hudson dizendo “Alguém me pode explicar sobre que raio é isto?”. Em resposta, Arthur C. Clarke afirmou: “Se compreenderam o ‘2001’ em absoluto, então falhámos. Quisemos levantar mais questões do que aquelas a que respondemos.”
Após a estreia, Kubrick cortou imediatamente 17 minutos ao filme para aprimorar o ritmo. Essas filmagens perdidas foram recentemente encontradas numa mina de sal no estado do Kansas, embora ainda não se tenham tornado públicas. 
Tendo sido nomeado para 13 Oscars, apenas ganhou o de melhores efeitos especiais…

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