«Sin City: Mulher Fatal» e outras histórias a preto e rubro

Sin City: Mulher Fatal

Sin City: Mulher Fatal

CV_SinaisMaisMenos-01

Mesmo sendo o segundo filme da série, continua a ser de realçar a qualidade da transposição do imaginário de Frank Miller para o cinema, uma vez mais traduzindo-se como um objecto fílmico verdadeiramente singular e alternativo, sobretudo no panorama das adaptações de banda desenhada ao grande ecrã. Em termos tecnológicos o trabalho de Rodriguez e Miller beneficiou de ter passado quase uma década até concretizarem esta sequela. A composição visual única é brilhante, nomeadamente o uso criterioso da cor sobre o preto dominante. As diferentes voz-off, através da qual se adensam personagens e argumento ao mesmo tempo que é responsável pela a carga dramática que antecipa cada cena. O naipe de actores, com particular destaque para as performances do repetente Mickey Rourke, como Marv, e de Eva Green, enquanto Ava, a mulher fatal. Certamente agradará a todos os apreciadores do primeiro filme.
CV_SinaisMaisMenos-02
De longe a maior limitação está na perda do efeito surpresa que tanto marcou Sin City em 2005, ainda que se mantenham e em alguns se vejam melhoradas as suas qualidades. Embora aprofunde mais a narrativa central da mulher fatal, o filme abarca quatro pequenas histórias que nem sempre se ligam suficientemente, parecendo por vezes que a imensa atenção dada ao estilo prejudica a substância. A maior parte dos actores que compõe este vasto elenco tem uma participação efémera e oportunidades escassas para desenvolver a sua personagem. 

 Classificação (0-10): 7

 

Comentários

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s