Spy, é a mais recente comédia de Paul Feig, realizador de A Melhor Despedida de Solteira e Armadas e Perigosas, desta vez em jeito de paródia ao mundo da espionagem. O filme começa com Susan Cooper uma agente da CIA que está confinada numa cave, vidrada num computador à medida que guia o seu colega que está no campo a eliminar todos os seus adversários. O argumento trabalha de uma forma inteligente os clichés e a construção de personagens brincando com muitos estereótipos, seja o da mulher que aceita ficar na sombra do trabalho porque tem uma paixoneta pelo colega perfeito, seja o do espião que acumula experiências malucas a comer veneno, a saltar de arranha céus… O ritmo é muito fluído e a dinâmica da espionagem e contra espionagem é aproveitada de uma maneira muito atractiva. Feig mostra mais uma vez que é perito em escrever argumentos interessantes com grandes gags humoristas. A provar que não há géneros menores na sétima arte, Feig e Robert D. Yeoman, director de fotografia, criaram um filme visualmente forte e refrescante. A actriz que acompanha o realizador nos seus últimos filmes, Melissa McCarthy, volta a provar ser uma actriz talentosa em vários registos, combinando o ar sonhador e romântico com a espia feroz e poderosa. Por sua vez, Jason Statham encarna uma personagem secundária que brilha ao ironizar o show off do super espião todo o terreno, ao mesmo tempo que satiriza com figuras que o próprio interpretou anteriormente. |