“Crimson Peak: A Colina Vermelha”: antestreia temática com desfile dos Storytailors

Na passada quarta-feira, dia 21 de setembro, o Cinema São Jorge vestiu-se de alta costura em estilo gótico para ver Crimson Peak – A Colina Vermelha, um romance gótico assinado por Guillermo del Toro. A propósito da parceria da NOS Audiovisuais e dos criadores nacionais Storytailors, os convidados puderam assistir a um desfile performance dos criadores inspirado nas personagens e na estética do filme que tão bem se coaduna com o seu trabalho. O Cinemaville aproveitou a oportunidade para entrevistar João Branco.

João Branco

Cinemaville: Como é que surgiu esta parceria dos Storytailors com a antestreia de Crimson Peak pela NOS?

João Branco: Nos estávamos curiosos em relação ao filme desde que vimos o poster espalhado pelas ruas de Nova Iorque e fomos ver o trailer. Quando chegamos a Portugal a NOS contactou-nos para fazermos parte da ação da antestreia e aceitamos. Primeiro porque somos fãs do  Guillermo del Toro, um dos meus filmes preferidos é O Labirinto do Fauno, e já vi vários filmes dele O Orfanato, os Hellboy inclusive, também acho fantásticos. Ele tem um cuidado estético, visual, os universos que cria, os personagens fictícios, as emoções que explora muito particulares, ímpar.

Para a ação promocional do filme criámos, uma série de contextos e de visuais que nos falem da moda inspirada num determinado contexto, neste caso inspirados no mood do filme e naquilo que nos transmitia. Por exemplo, no que o filme nos inspira, enquanto designers de moda, a criar para os dias de hoje, sem estarmos a falar de figurinos de cinema ou de teatro.

CV: As roupas do desfile foram criadas para este propósito?

JB: São peças de coleções nossas que têm uma relação com a linguagem estética do próprio filme, foram escolhidas e combinadas cuidadosamente para compor estes visuais, para esta performance.

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CV: As vossas criações e desfiles têm uma lado performativo que se enquadra muito bem com o cinema ou teatro, têm feito colaborações com estas artes?

JB: Nós pontualmente fazemos figurinos das coleções que apresentamos e das peças que fazemos para os clientes, e fazemos figurinos para teatro, dança e cinema, portanto ocasionalmente trabalhamos para outras áreas artísticas que não a moda. Mas é engraçado porque são processos criativos que se tocam e que divergem noutros aspectos o que é fantástico porque não nos vicia criativamente, estamos sempre a pensar criativamente de formas distintas. Em moda pensamos muito na relação com as pessoas e com a vida que têm etc., criamos histórias, contamos as nossas histórias aquilo que nos apetece, são as nossas referências. Quando trabalhamos para cinema ou teatro já existe uma história e nós vamos ajudar a conta-la através dos figurinos. São exercícios criativos distintos ambos fantásticos e estimulantes.

CV: Vão ver hoje o filme pela primeira vez?

JB: Não, já vimos e adorei o filme. Gosto imenso do universo estético, é cuidadosamente desenhado. O Guillermo del Toro tem uma particularidade, eu que não sou nada chorão, nos os filmes dele emociono-me de uma maneira que me deixa muitas vezes a chorar, não é necessariamente tristeza, é emoção pura e há pessoas que não percebem necessariamente porquê. Tenho uma empatia muito grande com a perspectiva dele, como ele transporta as ideias e as histórias para filme.

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