Numa tarde de primavera que se negou a ser solarenga, o Cinemaville foi a uma esplanada de um jardim lisboeta falar com Leonor Teles, que nos trouxe o sol da sua juventude e talento. Ela é o nome do cinema português do momento, sobretudo após se ter tornado na realizadora mais nova de sempre a vencer o Urso de Ouro para melhor curta metragem no Festival Internacional de Cinema de Berlim 2016. O filme premiado, Balada de um Batráquio, estará em competição no IndieLisboa e vai estrear nas salas de cinema a partir do dia 28 de Abril.
Com duas curtas metragens realizadas, Leonor Teles procura captar uma verdade a cada filme que faz. Aborda temas que a questionam e que lhe são próximos, abandonando agora uma atitude mais clássica de documentarista, patente na sua obra de estreia (Rhoma Acans), para partir a loiça toda em Balada de um Batráquio, projecto na fronteira entre o documentário e a ficção de carácter “guerrilha”, com o qual pretendeu literalmente quebrar preconceitos.