Doclisboa’16: destaques da programação

doclisboa16

259 filmes, provenientes de 41 países.
46 Filmes Portugueses, 46 Estreias Mundiais.

O melhor do cinema documental volta à capital portuguesa de 20 a 30 de outubro na edição 2016 do Doclisboa, distribuído entre Cinemateca Portuguesa, Cinema São Jorge, Funcação Calouste Gulbenkian e Culturgest. A abertura do festival terá lugar com o filme espanhol Oleg and the Rare Arts, que retrata o pianista russo Oleg Karavaychuk, enquanto no encerramento se exibirá Os Interstícios da Realidade ou o Cinema de António Macedo, realizado por João Monteiro, que resgata a memória do mais prolífico realizador do Cinema Novo Português.

Supresa de última hora foi homenagem Abbas Kiarostami numa sessão dupla que estreia em Portugal o seu último filme, Take me Home, e ainda 76 Minutes and 15 seconds with Abbas Kiarostami, de Seifollah Samadian. Kiarostami faleceu este ano após completar 76 anos e 15 dias de vida. “Da terra até à lua” é a nova secção do festival, batizada por inspiração em Júlio Verne, que trará a Lisboa os últimos filmes de alguns dos grandes nomes do panorama documental, como Wang Bing (Ta’ang), Avi Mograbi (Between Fences), Werner Herzog (Lo and behold, Reveries of the Connected World), Mark Cousins (Atomic: Living in Dread and Promise) ou Rithy Panh (Exile).

O cinema português continua a mostrar sinais de boa saúde e exemplo disso mesmo é Correspondências, de Rita Azevedo Gomes, filme inspirado nas cartas trocadas entre dois poetas portugueses, Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, apresentado no festival de Locarno e único filme português na Competição Internacional do Doclisboa. De realçar a retrospectiva dedicada a Peter Watkins, realizador britânico recém-falecido que em certo momento abandonou a sua posição na BBC para dar largas ao experimentalismo e que já conquistou um Oscar para Melhor Documentário com The War Game, bem como a recolha de filmes dos anos da revolução em Cuba intitulada “Por um Cinema Impossível: Documentário e Vanguarda em Cuba”. A situação política no brasil estará igualmente em foco na secção Cinema de urgência, uma parceria do Doclisboa com a Mídia Ninja para a sessão #ForaTemer, à qual se seguirá um debate.

A música mantém o seu espaço no festival em “Heartbeat” e dará a descobrir pérolas como os estúdios míticos do Castelo de Hérouville na senda de David Bowie (Bowie, Man with a Hundred Faces or The Phantom of Hérouville), o videoclip de Linda Martini que virou documentário (O Dia em que a Música morreu), as origens do universo lynchiano (David Lynch: The Art Life) ou a viagem ao Rajastão pela lente de Paul Thomas Anderson que documenta a gravação do álbum com o mesmo nome que juntou o compositor Shye Ben Tzur, Jonny Greenwood dos Radiohead, os Rajasthan Express e o produtor Nigel Godrich (Junun). 

Programação completa com horários e sinopses aqui.

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