9ª edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa FESTin: Destaques

 

FESTin 2018 está de volta entre 27 de fevereiro e 6 de março. A 9ª edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin). Como habitualmente o cinema São Jorge, de Lisboa, será um dos espaços para as atividades do festival, juntamente com o Instituto Cervantes.

A produção cultural lusófona é o eixo central da programação, que apresentará em competição nove longas-metragens de ficção, nove documentários e 16 curtas. Ao todo, sete obras tiveram ante estreia mundial ou internacional nos festivais de Sundance, Roterdão e Berlim.

O filme de abertura Como Nossos Pais, da realizadora Laís Bodanzky, é um drama intenso e repleto de reviravoltas sobre relações familiares e distinções de género ainda culturalmente relevantes. No encerramento do festival será exibido As Duas Irenes, de Fabio Meira que narra uma delicada história sobre amizade e expectativas adolescentes. Ambos os filmes estiveram selecionados para o Festival de Berlim deste ano.

A participação portuguesa na competição de longas de ficção inclui quatro projetos. O realizador Fernando Vendrell foi buscar à obra de Vergílio Ferreira a inspiração para o seu novo trabalho, Aparição, que reúne Jaime Freitas e Victoria Guerra no elenco para a narrar a história de um romance numa asfixiante Évora dos anos 50.

Vazante é uma coprodução com a Ukbar estreada no Festival de Berlim e mergulha com o brilho da fotografia e da direção de arte nos meandros da escravatura no Brasil – com um forte tom social impresso pela cineasta Daniela Thomas.

Praça Paris, desloca-se para o universo contemporâneo e apresenta Joana de Verona a viver uma psicóloga imersa na realidade das favelas do Rio de Janeiro, com realização de Lúcia Murat. Uma Vida Sublime, do cineasta independente Luís Diogo, propõe um romance com elementos de thriller.

Em relação ao Brasil, o FESTin deste ano logrou reunir a produção do país que fez parte do circuito dos grandes festivais internacionais em 2017. Estreado em Sundance Não Devore o meu Coração, de Felipe Bragança, traz uma mistura de fantasias indígenas com a situação bem real dos crimes cometidos contra eles na fronteira do Brasil com o Paraguai. Destaque ainda para Açúcar, com estreia internacional em Roterdão, e Redemoinho, um dos mais belos filmes a chegar às salas de cinema no Brasil em 2017.

Expandindo o âmbito da sua programação, o FESTin lança-se em torno de idioma ancestral do português, o Latim – selecionando uma série de obras vindas de países com língua neolatina. Destacamos O menor exército do mundo de Gianfranco Pannone, que integrou o Festival de Veneza de 2015.

O FESTin apresenta, na competição de documentários e na secção especial Sotaques da Lusofonia, obras de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial – com destaque para Serviçais – Das Memórias à Identidade, no qual Nilton Medeiros traça um duro retrato de um sistema de trabalhos forçados há muito desaparecido, mas que ainda hoje tem ramificações no mundo do trabalho em São Tomé e Príncipe.

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