O IndieLisboa Festival Internacional de Cinema está quase a começar e com um programa tão extenso e variado, o Cinemaville fez dois tops com alguns dos filmes mais interessantes para ajudar na vossa seleção: um top de longas metragens e um top dedicado a uma das secções mais interessantes do festival, o Indie Music. Aqui fica ums escolha de 6 filmes imperdíveis:
STUDIO 54
Studio 54 é considerada a “melhor discoteca de todos os tempos”. Aberta em 1977 (e encerrada apenas 33 meses depois, por evasão ao fisco) o seu legado ficou marcado a sexo e drogas na história de Nova Iorque. Um espaço mítico pela máxima liberdade que permitia (no rules), cujo fim coincidiu com as primeiras mortes associadas à pandemia da SIDA e o início da administração Reagan. Studio 54 conta a história das celebridades e da atmosfera do clube, mas também dos dois amigos que alteraram o panorama do entretenimento nocturno da cidade que nunca dorme.
26 QUINTA/THURSDAY, 21:30, CINEMA SÃO JORGE 3
6 DOMINGO/SUNDAY, 21:45, CINEMA SÃO JORGE SMO
HIP TO DA HOP
Em Hip to da Hop a dupla de realizadores António Freitas e Fábio Silva percorre o território português à procura das diferentes manifestações da cultura do hip hop, focando-se nas quatro vertentes principais do movimento: o rap, o DJ, o breakdance e o graffiti. De Norte a Sul, passando pelo microclima do Porto, este é um documentário que procura compreender de que modo cada artista “se apropria do seu país de diferentes formas”. Inclui dezenas de entrevistas a nomes maiores do panorama nacional, entre eles, Mundo Segundo, Orelha Negra, NBC, Slow J, DJ Ride, Stereossauro, Bdjoy, TNT, Sanryse ou Sensei D.
28 SÁBADO/SATURDAY, 19:00, CINEMA SÃO JORGE SMO
30 SEGUNDA/MONDAY, 10:30, CULTURGEST PA
DESOLATION CENTER
Estamos na década de 1980, no estado de Los Angeles, no meio do deserto e, de repente, encontramos um evento de música e performance clandestino e anarquista. Desolation Center conta a história de uma série de happenings em modo guerrilha que eram a resposta idealista aos anos de repressão do governo Reagan. Um documentário que mistura animação, entrevistas e raras imagens de arquivo (de, entre outros, Sonic Youth, Minutemen, Meat Puppets, Savage Republic ou Swans) para demonstrar o risco e a falta de sensatez daqueles amantes do punk e da música industrial.
29 DOMINGO/SUNDAY, 18:45, CINEMA SÃO JORGE 3
30 SEGUNDA/MONDAY, 23:30, CINEMA SÃO JORGE 3
MATANGI/MAYA/M.I.A.
Mathangi “Maya” Arulpragasam – mais conhecida por M.I.A. – é provavelmente a estrela pop mais transgressiva dos últimos tempos. Originária do Sri Lanka (sendo o pai membro fundador dos Tigers Tamil, a mais letal organização terrorista do país), o seu percurso é descrito pelo realizador (e amigo, desde 1996) através de uma colecção de material de arquivo, a maior parte filmado pela própria Maya (ela que, antes da música, queria ser documentarista). Matangi/Maya/M.I.A. retrata uma mulher que é um terramoto musical, mas também, político: sempre pronta a pôr em causa todas as formas de conservadorismo.
1 TERÇA/TUESDAY, 21:45, CINEMA SÃO JORGE SMO
FRENCH WAVES
A música electrónica francesa é um dos fenómenos populares mais marcantes dos últimos 20 anos. Partindo das origens americanas do techno e do house e passado pelo tempo das raves ilegais, French Waves procura descrever o french touch que transformou a música electrónica num movimento global. Mas este não é um mero documentário, é o primeiro objecto transmedia dedicado a este tema: composto por um filme, uma série, uma tourné e um site imersivo que ilustram décadas de história. Inclui a participação de dezenas de artistas, dos mais consagrados às grandes revelações mais recentes como Laurent Garnier, Jacques, Pedro Winter, Rone, Justice, Bob Sinclar ou o americano Carl Craig
28 SÁBADO/SATURDAY, 23:30, CINEMA SÃO JORGE 3
3 QUINTA/THURSDAY, 18:00, CINEMA IDEAL
RYUICHI SAKAMOTO: CODA
Ao longo de uma carreira de mais de quatro décadas, Ryuichi Sakamoto passou de ícone pop do Japão ao mais importante activista contra a utilização de energia nuclear, após o desastre de Fukushima. Uma carreira que inclui um Oscar, pela melhor banda sonora de O Último Imperador, tendo composto também para realizadores como Nagisa Ôshima, Pedro Almodóvar ou Alejandro Iñarritu. Na sequência de um cancro, o músico regressa ao trabalho (com consciência que talvez seja esta a sua derradeira obra) e o realizador Stephen Schible oferece-nos um retrato íntimo do homem e do seu processo criativo.
28 SÁBADO/SATURDAY, 21:30, CINEMA SÃO JORGE 3
6 DOMINGO/SUNDAY, 19:45, CULTURGEST PA