O Doclisboa começa já esta quinta-feira, dia 18 de outubro, a sua 16ª edição. Dez dias carregadinhos de estreias mundiais ou internacionais nas secções competitivas, num total de 243 filmes exibições, 68 estreias mundiais, 22 estreias internacionais, 59 filmes portugueses, 54 países representados.
Na Competição Portuguesa estão a concurso 18 filmes, entre eles Extinção, de Salomé Lamas, sobre as fronteiras dos territórios da antiga URSS e as últimas posições políticas de Vladimir Putin, Terra Franca de Leonor Teles, onde testemunhamos a a vida do pescador Albertino Lobo, atravessando as quatro estações e a História Secreta da Aviação, de João Manso, que faz uma reflexão seminal sobre o que sobe e o que se abate.
A Competição Internacional exibe 22 filmes, e nos Verdes Anos estão 20 filmes a concurso, entre curtas e longas-metragens. A secção presenta, fora de competição os três primeiros filmes de David Pinheiro Vicente, Cláudia Varejão e Miguel Gomes. Em competição destacamos 24 Memórias por segundo, de Carlos Miranda, Cartografia de Um Ensaio, de Ana-Maria Basto, Aurora de Carlota Flor e A Ilha Invisível de Rui Almeida Paiva. Além da selecção de filmes de novos realizadores, serão exibidos trabalhos de final de curso da escola convidada, a Academia Real de Belas Artes da Universidade de Gante (KASK).
Heart Beat é a secção do Doclisboa que enche o festival de música e dança: ficamos a conhecer Chilly Gonzales na abertura, há ainda Depeche Mode, jazz, country, fado e dancehall. Duas senhoras do punk brilharão no ecrã: Joan Jett e Vivienne Westwood. Para recordar a rainha da soul, Aretha Franklin, exibimos o lendário musical The Blues Brothers.
Da Terra à Lua apresenta os mais recentes filmes de realizadores chave do panorama documental da actualidade. Aos filmes já anunciados de Wang Bing, Frederick Wiseman, Rithy Pahn, Stefano Safona e Želimir Žilnik, junta-se um nome de peso: Michael Moore e o seu mais recente Fahrenheit 11/9. Destaque ainda para duas estreias mundiais: PE SAN IE – O Poeta de Macau, de Rosa Coutinho Cabral, e O Plano, de Steve Sprung.
A secção Riscos traz-nos James Benning e Mike Hoolboom como realizadores convidados, que nos propõe como foco temático, “Transmissão, Territórios Imaginados”, que condensa uma linha de força do festival: filmar é confrontarmo-nos com outros mundos possíveis. Jorge Cramez, Manuel Botelho, Rui Simões trazem obras que nos falam disso mesmo. O actor Jean-François Stévenin é um dos convidados do festival, e irá apresentar cópias restauradas dos três filmes que realizou.
O Arché, laboratório profissional de desenvolvimento de projectos, conta este ano com um total de 12 projectos, dos quais 4 são portugueses. Os tutores desta edição são Marta Andreu, Luciano Rigolini e Andrés Duque.
O Doclisboa’18 acontece de 18 a 28 de Outubro, na Culturgest, no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa e no Cinema Ideal.